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sábado, 3 de maio de 2014

A lei do eu

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No mundo contemporâneo as pessoas cada vez mais tem menos tempo para o outro, para alimentar relações e criar vínculos duradouros. A necessidade de auto realização chegou ao extremo em que o ser humano não consegue distinguir e nem medir as consequências de suas atitudes, mais conhecida como a “A lei do eu”, onde o que importa é o bem estar pessoal, mesmo que para consegui-lo seja necessário abrir mão de princípios, dignidade ou passar por cima de alguém, este é o princípio que vem sendo difundido pela mídia, seja ela televisiva, musical ou tecnológica que se dá através das redes sociais, celulares e da internet. 


A “lei do eu” vem sendo praticada diariamente e cada vez mais cedo. Sentimentos egocêntricos e consumistas são cultivados em nossas crianças e adolescentes por seus pais, pela sociedade e pela mídia.
A sociedade que cria leis e mais leis que contribuem para a delinquência juvenil e ao mesmo tempo incentivam a procriação desenfreada, em que o governo adota uma postura de bem feitor, distribuindo bolsas e mais bolsas que ao invés de resolver problemas da educação, saúde e moradia só pioram cada vez mais esse quadro. 
A sociedade banca através de altos impostos essa política de merda do governo e a inconsequência de atos de terceiros que lutam por seus supostos direitos e levantam a voz pedindo uma revolução, uma iniciativa por parte dos outros sem assumir a sua parte na responsabilidade por uma sociedade falida, uma religião intolerante e hipócrita e uma constituição ineficaz dentro de uma política governamental decadente. 
A mídia que promove personalidades doentias de grandes personagens e personalidades em algo admirável e a ser seguido. São crianças, adolescentes e adultos que não respeitam regras e convenções sociais e que são bem quistos como grandes vilões ou mocinhos com seus carros e roupas de marca, são conhecidos nas ruas e pelas grandes massas como grandes ídolos, ou como heróis quando participam de reality shows que não acrescentam nada de bom para a população, além de estimular a alienação desenfreada da sociedade.
A “lei do eu” destrói famílias, amizades, amores e nações. A “lei do eu”, tornou as relações mais frias, menos humanas. A ética foi deixada de lado, a amor próprio passou a ser subjugado em detrimento de terceiros. Tudo hoje é considerado preconceito, o uso desenfreado das novas tecnologias e a crescente inversão de valores destruiu a estrutura familiar e permitiu o surgimento de um novo modelo de relações, relações mornas em que o contato físico se faz desnecessário, em que as pessoas idealizam e fingem ser pessoas que elas não são, com posses e conhecimentos que não possuem. Pessoas essas que preferem viver em um mundo virtual, do que enfrentarem a realidade do dia a dia e correrem atrás dos seus sonhos.
O egocentrismo e narcisismo predominam na sociedade, e é primeiramente incentivado dentro dos lares quando os pais cedem as chantagens emocionais de crianças e adolescentes, quando esquecem de impor limites claros e importantes para formação do caráter do que supostamente será o futuro de nosso pais. Um círculo vicioso que parece não ter fim e que a cada vez mais se agrava.  “Quem ama, educa!” Acobertar os atos errôneos de uma pessoa, não cobrar-lhe responsabilidade é negar-lhe a possibilidade de crescer, de aprender com o erro, de reconhecer e de se desculpar. Não é passando a mão na cabeça do outro que você irá contribuir para que ela se torne uma pessoa melhor, um cidadão consciente, um homem de verdade com princípios e valores. 
Educar é uma forma de amor em que a punição é o meio que temos para conscientizar o outro  que qualquer escolha implica em consequências, por isto, não devemos ser omissos em nossas atitudes. De uma forma ou outra, o destino irá nos cobrar todo mal que causamos outrora, se não for civil e criminalmente, o universo irá se encarregar e encontrará alguma forma de nos ensinar a termos mais respeito pelo sentimentos e direitos dos outros, a termos princípios, amor próprio e a sermos menos egocêntricos e mais humanos. 
Kênia Tatiane
03 de Abr. 2014

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