A “lei do eu” vem sendo
praticada diariamente e cada vez mais cedo. Sentimentos egocêntricos e
consumistas são cultivados em nossas crianças e adolescentes por seus pais,
pela sociedade e pela mídia.
A sociedade que cria leis e
mais leis que contribuem para a delinquência juvenil e ao mesmo tempo
incentivam a procriação desenfreada, em que o governo adota uma postura de bem
feitor, distribuindo bolsas e mais bolsas que ao invés de resolver problemas da
educação, saúde e moradia só pioram cada vez mais esse quadro.
A sociedade banca através de
altos impostos essa política de merda do governo e a inconsequência de atos de
terceiros que lutam por seus supostos direitos e levantam a voz pedindo uma
revolução, uma iniciativa por parte dos outros sem assumir a sua parte na
responsabilidade por uma sociedade falida, uma religião intolerante e hipócrita
e uma constituição ineficaz dentro de uma política governamental decadente.
A mídia que promove personalidades
doentias de grandes personagens e personalidades em algo admirável e a ser
seguido. São crianças, adolescentes e adultos que não respeitam regras e
convenções sociais e que são bem quistos como grandes vilões ou mocinhos com
seus carros e roupas de marca, são conhecidos nas ruas e pelas grandes massas
como grandes ídolos, ou como heróis quando participam de reality shows que não
acrescentam nada de bom para a população, além de estimular a alienação
desenfreada da sociedade.
A “lei do eu” destrói
famílias, amizades, amores e nações. A “lei do eu”, tornou as relações mais
frias, menos humanas. A ética foi deixada de lado, a amor próprio passou a ser
subjugado em detrimento de terceiros. Tudo hoje é considerado preconceito, o
uso desenfreado das novas tecnologias e a crescente inversão de valores
destruiu a estrutura familiar e permitiu o surgimento de um novo modelo de
relações, relações mornas em que o contato físico se faz desnecessário, em que
as pessoas idealizam e fingem ser pessoas que elas não são, com posses e
conhecimentos que não possuem. Pessoas essas que preferem viver em um mundo
virtual, do que enfrentarem a realidade do dia a dia e correrem atrás dos seus
sonhos.
O egocentrismo e narcisismo
predominam na sociedade, e é primeiramente incentivado dentro dos lares quando
os pais cedem as chantagens emocionais de crianças e adolescentes, quando
esquecem de impor limites claros e importantes para formação do caráter do que
supostamente será o futuro de nosso pais. Um círculo vicioso que parece não ter
fim e que a cada vez mais se agrava.
“Quem ama, educa!” Acobertar os atos errôneos de uma pessoa, não
cobrar-lhe responsabilidade é negar-lhe a possibilidade de crescer, de aprender
com o erro, de reconhecer e de se desculpar. Não é passando a mão na cabeça do
outro que você irá contribuir para que ela se torne uma pessoa melhor, um
cidadão consciente, um homem de verdade com princípios e valores.
Educar é uma forma de amor
em que a punição é o meio que temos para conscientizar o outro que qualquer escolha implica em consequências, por isto, não devemos ser omissos em nossas atitudes. De uma forma ou outra, o destino irá nos cobrar todo mal que causamos outrora, se não for civil e criminalmente, o universo irá se encarregar e encontrará alguma forma de nos ensinar a termos mais respeito pelo sentimentos e direitos dos outros, a termos princípios, amor próprio e a sermos menos egocêntricos e mais humanos.
Kênia Tatiane
03 de Abr. 2014
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